O agronegócio é o setor mais pujante da economia brasileira, sendo responsável por cerca de 25% do PIB do Brasil. A área engloba uma ampla cadeia produtiva que vai desde a plantação de insumos até a produção agroindustrial, armazenagem e distribuição.
Trata-se de setor complexo, com muitas particularidades antes e depois da porteira, devido a um intrincado sistema de obrigações ficais.
Visto isso, a Revisão Tributária se torna uma estratégia fundamental para redução lícita da carga de impostos, fato que consequentemente proporciona um fluxo de caixa otimizado, aumento da competitividade e uma eficaz gestão de riscos.
A título de exemplo, para produtores rurais é relevante o estudo tributário para verificar, dentre outras possibilidades:
A agroindústria, por sua vez, tem benefícios fiscais em caso de segregação das atividades de produção rural e indústria. Nesse sentido, pode se beneficiar de aspectos como depreciação acelerada incentivada e compensação de prejuízo fiscal sem limitação da trava de 30%.
Ainda nas agroindústrias, existe o crédito ‘’ordinário’’ e os créditos presumidos de PIS e COFINS, medida concedida para compensar a impossibilidade da tomada de crédito dos insumos adquiridos de produtores rurais que exercem a atividade na pessoa física.
Deve ser analisado, portanto, se a compra do insumo se enquadra nas possibilidades de crédito presumido, e, além da possibilidade da tomada do crédito, a agroindústria deve se atentar ao tratamento fiscal que dará ao crédito presumido.
Assim, parte da cadeia do agronegócio é desonerada, beneficiando-se da redução de impostos. Portanto, é crucial que os empresários fiquem atentos a classificação fiscal dos produtos para analisar o correto enquadramento e se ocorre e desoneração na entrada e/ou saída, bem como se existe algum crédito a ser tomado no regime da não cumulatividade.
Dado o exposto, entende-se que é necessário um olhar atento a tributação do agronegócio em virtude de suas especificidades, sendo importante a análise estratégica e especializada para otimizar a carga tributária e, consequentemente, aumentar a competitividade deste setor, que é vital para a economia brasileira.
Este artigo foi escrito por Marcos Krahl Júnior. Sócio e Diretor Executivo da BCK Advogados Associados.
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